As questões da educação têm sido uma das prioridades nas políticas municipais da Câmara Municipal da Lagoa (Açores) nos últimos anos. Foi, aliás, o reconhecimento da premência da educação e da cultura para o desenvolvimento concelhio que fez com que, em abril de 2015, ao assumir o cargo de presidente desta autarquia, fundisse estas duas áreas. A educação tem-se tornado, desde então, um veículo para a promoção cultural, para públicos de diferentes faixas etárias e de diferentes classes sociais.
Pareceu-nos importante pertencer à Associação Internacional das Cidades Educadoras (AICE), quer pela partilha de experiências, quer porque a adesão à mesma nos leva a assumir o compromisso de continuar a investir na educação. O que tem acontecido, desde então, mais precisamente desde agosto de 2015, é a constatação de que importa continuar a trabalhar para que a Lagoa se transforme num território educativo.
Em curtas palavras, a prioridade, em 2016, esteve assente no binómio educação-cultura, criando-se um programa cultural extensível a vários equipamentos, mobilizando o seu potencial cultural e indo ao encontro do princípio 13 da Carta das Cidades Educadoras (CCE). Para alunos do ensino secundário, a Câmara Municipal de Lagoa arrancou, este ano, com o projeto de educação política (princípio 9).
É compreensível que, ao longo deste ano de pertença à AICE, tenhamos tido uma visão mais ampla do que é ser uma cidade educadora, levando-nos a optar, para 2017, pelo tema da Cidadania. Posso adiantar que as ações planeadas irão ao encontro dos princípios 3, 12, 15, 18 e 20 da CCE.
Em jeito de glosa, encaro como um compromisso e uma responsabilidade o facto de a Câmara Municipal da Lagoa estar inserida na AICE e continuar a trabalhar para que a Lagoa se torne numa cidade educadora, sabendo que o caminho é longo, desafiante e que é feito de pequenos avanços.