Na Carta das Cidades Educadoras é defendido um modelo de cidade que supera as funções tradicionais relacionadas com a mera prestação de serviços (económicos, sociais ou de gestão de recursos) para implementar, para além disto, soluções para os desafios globais do nosso tempo que se manifestam no âmbito local.
Estes desafios não podem ser abordados mediante soluções unilaterais e simples, pois requerem a articulação de espaços que aceitem a contradição e que proponham processos de conhecimento, diálogo e participação como o caminho idóneo para conviver na e com a incerteza própria da nossa época.
Assim pois, escutar a cidade é um caminho de duplo sentido que deve ser percorrido tanto pelos governos locais como pelos agentes sociais da cidade (sociedade civil organizada, setor privado, autoridades públicas, cidadãos, etc.) num ir e vir constante, participativo e inclusivo.
Percorrer este caminho permite reforçar os vínculos comunitários, fortalecer o sentimento de pertença e assegurar que todas as partes contribuem ativamente na coconstrução da Cidade Educadora, com as respetivas responsabilidades.
Partindo deste lema, convidam-se as cidades que participem na Celebração a organizar eventos ou atividades que dêem visibilidade a este compromisso de escutar a cidade, de incorporar as diversas vozes e de abrir espaços de construção democrática e participativa.