É com enorme satisfação que me associo, como Presidente de Câmara de Santa Maria da Feira, à 1ª edição do Dia Internacional das Cidades Educadoras.
Desde que tomei posse como «alcaide» de Santa Maria da Feira, em Outubro de 2013, há pouco mais de 3 anos atrás, que defini como prioridade política e estratégica do meu mandato a Educação como motor essencial do desenvolvimento e progresso de um território porque incorpora em si todas as valências essenciais da actividade humana: a formação cívica, a cultura, o espírito de solidariedade, a ética. É assim que eu entendo a Educação como princípio, meio e fim da integridade e complexidade do homem.
Quando verifico que Santa Maria da Feira faz parte da Comissão de Coordenação da Rede Territorial Portuguesa das Cidades Educadores, sinto um enorme orgulho e, perdoe-se-me, uma íntima vaidade pessoal. É o reconhecimento nacional e internacional das boas práticas políticas e públicas que temos desenvolvido no Concelho de Santa Maria da Feira.
Não posso nem quero ser redutor e, por isso, quero também salientar, até como Presidente da Associação de Municípios das Terras de Santa Maria, que a aposta que é feita na vertente educativa é fundamental para a nossa região.
A região do Entre Douro e Vouga, a que gosto de chamar Terras de Santa Maria, defendendo a sua epistemologia histórica, tem um recurso que poucas regiões têm, que são as pessoas.
Nesse sentido, a formação e a educação é o melhor e o mais perene investimento que se pode fazer, já que é nas pessoas que está o nosso grande capital.
Li com atenção os documentos que nos foram remetidos pelo Secretariado desta 1ª edição do Dia Internacional das Cidades Educadoras. Verifiquei que são documentos abertos a propostas que os possam melhorar e tornar mais assertivos e abrangentes.
Por isso, podia falar nesta mensagem no nosso projecto de Jovem Autarca, que é emblemático da ligação entre a sociedade civil e a vida pública, ajudando a formar os jovens numa cidadania responsável e com ética. Podia falar nos nossos Fóruns Sociais, que juntam instituições de ensino e de todas as outras áreas da vida em prol da resolução dos problemas dos mais desfavorecidos.
Mas prefiro sublinhar que a aposta na Educação é absolutamente estratégica. Deixo, por isso, o meu contributo para os documentos que vão ser debatidos com as seguintes propostas; a criação de planos de formação e qualificação integrados, inovadores e ajustados às reais necessidades do mercado de trabalho é o melhor investimento para enfrentarmos o futuro, É fundamental uma maior e permanente interacção entre escolas, instituições e empresas. A Educação deve ser olhada como um dos pilares de um tripé em que cabe também a Cultura e o Associativismo, como fórmula para planear o futuro de um território a 2 décadas de distância.
Para terminar, e desejando as maiores felicidades, os maiores êxitos, e que desta 1ª edição saiam propostas e desafios pertinentes e inovadores, reitero que o investimento na educação é a principal prioridade do meu governo local. E defendo que a Educação devia ser objeto de um pacto de regime não só entre os 2 principais partidos em Portugal como no seio da União Europeia, entre os principais grupos do Parlamento Europeu.