Celebrar o Dia Internacional da Cidade Educadora, passados que são 25 anos sobre a proclamação da Carta das Cidades Educadoras, é celebrar:
– A consciencialização da Cidade como Agente, Objeto e Espaço de Educação (uma nova visão da Cidade, com potencialidades educadoras reconhecidas, incrementadas e partilhadas para além e com a educação formal), e esta Cidade Educadora como um Direito das pessoas;
– A afirmação da responsabilidade e empenhamento dos Governos Locais que incorporam, nas suas políticas de ação na urbe, os Princípios da Carta das Cidades Educadoras e assim, promovem condições de qualidade de vida e de formação e desenvolvimento pessoal e coletivo dos seus habitantes, formando cidadãos;
– O compromisso dos cidadãos, individual ou coletivamente organizados, dos municípios, na construção de cidades democráticas, onde há vivências participadas de reflexão, debate e intervenção;
– A cabal importância do conhecimento e partilha de projetos e intervenções na cidade, acentuando o valor e a afirmação das suas memórias, criando respostas transversais e coordenadas às necessidades das pessoas, em cada espaço e tempo;
– O trabalho em Redes ( nacional, territorial e internacional), onde o intercâmbio de reflexões/ preocupações, experiências/respostas, torna possível, para além da afirmação do espaço local, um melhor conhecimento e intervenção num espaço global.
Realce deve ser dado ao trabalho realizado, em crescente desenvolvimento, pela Associação Internacional das Cidades Educadoras (AICE) e, particularizando, Rede Territorial Portuguesa das Cidades Educadoras (RTPCE) que, com os municípios associados, constroem Cidades Educadoras.
É esta Cidade Educadora, atenta, comprometida e ao serviço integral das pessoas que, permitirá fazer face aos reptos do século XXI (globalização, desenvolvimento sustentável, sociedades plurais, tolerantes, geradores de desenvolvimento e paz…), que tem na Carta das Cidades Educadoras, seus princípios orientadores e desafiantes, bases para a sua construção.
Pela minha experiência de colaboração com a AICE e RTPCE, desde as suas origens, considero que a análise e debate destes Princípios, « essenciais ao impulso educador da cidade « conforme se refere na Introdução da Carta das Cidades Educadoras, são fundamentais para a definição e prática de politicas locais, onde cidadãos ativos interagem para uma cidade que educa, aberta ao mundo. É um desafio para os municípios…