A cultura é a expressão da criatividade humana e configura a identidade coletiva dos povos através de um processo dinâmico de relação com o mundo. O papel da cultura é tão importante no desenvolvimento dos indivíduos e das comunidades, que os direitos culturais são uma parte inseparável dos direitos humanos.
Conscientes dessa realidade, as Cidades Educadoras contribuem de forma notável para garantir e promover os direitos culturais dos seus habitantes, tal como estabelecido na nova Carta das Cidades Educadoras. Através das suas políticas, implementam iniciativas destinadas a corrigir desigualdades no acesso e fruição de oportunidades culturais e educativas; promovem as artes como meio de inclusão social e educacional; encorajam a criatividade e inovação cultural como vetores de desenvolvimento pessoal e socioeconómico e fomentam o papel ativo dos cidadãos no planeamento e gestão da oferta cultural. Por sua vez, as Cidades Educadoras disponibilizam esforços e recursos na formação de profissionais das várias expressões culturais e desempenham um papel fundamental na preservação e promoção do património cultural material e imaterial e na proteção da diversidade cultural.
Para tornar este trabalho visível, a terceira edição do Prémio Cidades Educadoras 2020 foi convocada sob o lema “Inclusão e Democratização da Cultura”, recebendo um total de 58 candidaturas de 50 cidades (de 13 países e 4 continentes). Um júri internacional selecionou as 3 experiências vencedoras e os 7 finalistas após um processo deliberativo no qual fez questão de frisar a excelente qualidade de todas as propostas.
As 3 experiências vencedoras desta edição são:
Quer nas iniciativas premiadas, quer nos finalistas, destaca-se o poder transformador do binómio cultura e educação. Esperemos que a sua divulgação encoraje outros governos locais a reforçar os vínculos entre as suas políticas culturais e educativas, continuando a explorar o seu potencial para criar cidades e vilas mais inclusivas, criativas e orgulhosas da sua diversidade.