Fiorenzo Alfieri nos deixa
Pedagogo de formação; professor e diretor de centro; especialista em psicologia evolutiva na Faculdade de Psicologia e professor na Faculdade de Educação da Universidade de Turim (Itália). Foi vereador de Turim durante cerca de 25 anos, deixa-nos aos 77 anos depois de perder a batalha contra o COVID
Fiorenzo foi um grande defensor e ativista da Escola A Tempo Inteiro (scuola a tempo pieno) como geradora de oportunidades e resposta às necessidades dos alunos mais desfavorecidos. Mais tarde, em 1975, juntou-se ao governo da cidade de Turim. Esta responsabilidade permite-lhe constatar a necessidade de unir forças entre a escola e os vários atores educativos da cidade. Esta articulação permite que a escola beneficie de cenários reais da cidade para desempenhar o seu papel pedagógico na educação para a vida, garantindo ao mesmo tempo que todos os habitantes da cidade gozam de uma educação permanente e oportunidades que lhes permitam conhecer, compreender e participar na vida da cidade. É precisamente neste ponto que os postulados de Fiorenzo Alfieri coincidem com a visão da educação e território, promovida pela Câmara Municipal de Barcelona e que viria a ser posteriormente incluída na Carta das Cidades Educadoras.
Em 1990, Fiorenzo aceitou o convite para discursar no I Congresso Internacional das Cidades Educadoras e contribuir para a monografia intitulada A Cidade Educadora, que é publicada por ocasião do congresso acima referido. Posteriormente, ambas as cidades, juntamente com Rennes, promovem a criação da Associação Internacional.
As colaborações de Fiorenzo Alfieri com a Associação foram sempre muito enriquecedoras. O seu bom humor, o seu discurso pausado, simples e claro, fizeram-nos crescer. A sua passagem por diferentes pelouros (juventude, desporto, participação, educação, cultura…) e as várias responsabilidades que lhe foram confiadas nunca o fez perder o interesse pela escola e permitiu-lhe lançar inúmeros projetos e iniciativas de farol na cidade de Turim, onde a componente educativa esteve sempre presente, e que inspirou muitas outras cidades do mundo.
Recorde-se a sua última intervenção no quadro do XIII Congresso Internacional, realizado em 2014, no qual defendeu a legitimidade das propostas de Cidade Educadora, 20 anos após o nascimento da AICE. O seu contributo foi uma oportunidade para refletir sobre a importância de reunir os diferentes atores educativos presentes na cidade para criar um pacto para a Cidade Educadora, um desafio ainda em vigor.
Por tudo isto, a Associação Internacional das Cidades Educativas ficará sempre agradecida e lamenta uma perda tão sentida.
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