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      << Prémio Cidades Educadoras “Boas Práticas na Promoção de Cuidades na Cidade”

      Editorial

      O preâmbulo da Carta das Cidades Educadoras afirma que: “As pessoas são interdependentes. Sem cuidado, não podemos sobreviver. Ao longo da vida, as pessoas precisam de receber cuidados, dos quais dependem a nossa sobrevivência e bem-estar físico e mental, mas especialmente nalguns momentos do ciclo de vida, como a primeira infância, a velhice avançada ou doença grave, e no caso de pessoas com diversidades funcionais. A cidade educadora deve reconhecer, promover e estimular o cuidado e corresponsabilizar a sociedade como todo.”

      E prossegue no princípio 11 aludindo à necessidade de “a organização do espaço público atender às necessidades de acessibilidade, cuidados, saúde, reunião, segurança, jogo, recreação e reconciliação da vida pessoal, familiar e profissional. Prestando especial atenção às necessidades das crianças, das pessoas com diversidade funcional e dos idosos no seu planeamento urbanístico, equipamentos e serviços, de forma a garantir-lhes um ambiente amigável e respeitoso em que se desenvolvem com a máxima autonomia possível”.

      Por sua vez, o princípio 14 da Carta afirma que a Cidade Educadora “promoverá a construção da cidade como um espaço onde todas as pessoas se sintam protegidas, favorecendo o envelhecimento ativo e as relações sociais que permitam combater a solidão e o isolamento”.

      Com este quadro de referência, foi convocada a quarta edição do Prémio Cidades Educadoras, focada nas boas práticas que promovem o cuidado, entendidas de forma ampla. Foram analisadas 65 candidaturas (de 53 cidades de 7 países e 3 continentes). Destes, um júri internacional selecionou os três vencedores e os sete finalistas, querendo registar a qualidade das propostas analisadas.

      Nesta edição foram galardoados os seguintes projetos:

      • “Abrigos Climatizados nas Escolas”, Barcelona (Espanha). No âmbito do Plano do Clima, a estratégia da cidade para lidar com as alterações climáticas, são melhoradas as condições de conforto térmico nos edifícios e espaços públicos da cidade, incluindo a criação de uma rede de espaços de abrigo climático face às altas temperaturas que possam garantir a saúde e os cuidados dos grupos mais vulneráveis.
      • “Rios com Vida”, Loures (Portugal). O projeto tem como objetivo fortalecer a oferta municipal na área da educação e sensibilização ambiental, centrando-se no tema da Proteção da Vida da Terra e a sua valorização nos recursos hídricos. Inclui a realização de ações de sensibilização, com a criação dum manifesto para a comunidade escolar e a produção de conteúdos digitais para comunicação.
      • “Bordando Resistências: Bordadeiras de Alto Alegre”, Horizonte (Brasil). Esta iniciativa nasceu na comunidade quilombola de Alto Alegre, na cidade de Horizonte, através da mobilização de mulheres negras nascidas na comunidade, mulheres negras de outras localidades e municípios, atores sociais locais, prefeitura local e outros espaços, a fim de promover um espaço de diálogo coletivo com mulheres negras e quilombolas, focado no reconhecimento da cultura ancestral e identidade para o fortalecimento da autonomia de género e a defesa dos direitos e da geração de renda.

      Tanto as iniciativas premiadas quanto as finalistas destacam a importância de desenvolver iniciativas locais que respondam às necessidades assistenciais, promovam estilos de vida saudáveis que respeitem a biodiversidade e fortaleçam os laços comunitários, destacando também a importância de promover um ciclo de vida e perspetiva de género, além de promover aspetos educativos sobre corresponsabilidade e interdependência.