Encontro debate estratégias para o desenvolvimento das cidades educadoras
O tema do evento - "Criando Espaços de Convivência Segura e Sustentável" - busca aprofundar a reflexão sobre o conceito de "Cidade Educadora"
«Mobilidade Segura e Sustentável» foi o tema de abertura do primeiro dia do VII Encontro Brasileiro de Cidades Educadoras, na Escola Técnica e Formação Profissional de Saúde de Vitória (Etsus), na Ilha de Santa Maria.
Os participantes debateram as contribuições do Programa Vida no Trânsito para além da mobilidade segura. O tema do evento – «Criando Espaços de Convivência Segura e Sustentável» – busca aprofundar a reflexão sobre o conceito de «Cidade Educadora», bem como a sua aplicação em temáticas transversais e de grande impacto na vida das pessoas.
Fonte de educação
O assessor técnico da Secretaria de Gestão, Planejamento e Comunicação (Seges) Alberto Salume explicou a importância do encontro. «O objetivo é dar continuidade ao nosso trabalho de democratizar o acesso a todos os bens da cidade, para que cada um dos seus espaços seja fonte de educação e para que todas as pessoas possam viver, desfrutar e emancipar-se, aproveitando ao máximo as oportunidades que a cidade oferece».
Igualdade
A coordenadora das Cidades Educadoras Latino-Americanas, a argentina Laura Alfonso, apresentou a experiência de Rosário, na Argentina. «As cidades educadoras trabalham em projetos para que todos possam ter iguais oportunidades. É um desafio diário alcançar essa cultura educativa. São com pequenas ações que vamos buscando mudanças. Temos que nos comprometer ao entender que a educação não se resume à sala de aula».
Partilha
O coordenador da Rede Portuguesa de Cidades Educadoras, Paulo Alexandre Miranda Louro, falou sobre a essência de se tornar uma cidade educadora. «A palavra partilha é o que dá o tom para o funcionamento em conjunto de uma cidade educadora. Ser uma cidade educadora é ter em mente a partilha. As pessoas devem estar no centro da política e no centro das decisões numa administração municipal. A escola sozinha é limitada, ela não consegue sozinha educar, tem que ter um esforço entre todos os atores».
O evento é organizado pela Rede Brasileira de Cidades Educadoras (Rebrace), e conta com o apoio do Ministério da Saúde e Organização Pan-Americana de Saúde (Opas).
Cidades Educadoras
Vitória é a sede nacional da Associação Internacional das Cidades Educadoras (AICE), que trabalha para que a educação seja o eixo transversal de todas as políticas locais, tomando consciência e reforçando o potencial educador das atuações e programas de saúde, meio ambiente, urbanismo, mobilidade, cultura e desporto.
No período de três anos, a contar de 2017, a capital irá organizar reuniões, conduzir trabalhos e expandir o número de cidades participantes. São cerca de 500 cidades no mundo ligadas à entidade. No Brasil, são apenas 14 cidades e, no Espírito Santo, apenas Vitória é uma cidade educadora, desde 2013.